26/04/1959 (68 anos)
Setúbal, Portugal
Setúbal, Portugal
Pe. ANTÔNIO MANUEL MORAIS (1959)
Nascimento: 26 de fevereiro de 1891
Localidade: Samois, Trás os Montes, Diocese de Bragança, Portugal
Pais: Sr. João e Sra. Joaquina
Profissão Religiosa: 08 de setembro de 1908
Ordenação: 02 de julho de 1916
Enviado: 27ª Expedição, em 06 de setembro 1918
Falecimento: 26 de abril de 1959, em Setúbal, Portugal, 68 anos
Samois, lugarejo na Freguesia de Trás os Montes, Diocese de Bragança, Portugal, foi onde o menino Antônio viu a primeira vez a luz do Sol, aos 26 dias do mês de fevereiro de 1891. Seus pais, Sr. João e Sra. Joaquina, eram cristãos praticantes e naturalmente o temor de Deus e a piedade, reinavam naquele lar e os pais os souberam infundir nos filhos.
Logo se despertou em Antônio o sentimento do chamado de Deus e, deixando pais e as ilusões do mundo, entrou para a vida religiosa na Congregação dos Missionários Claretianos.
Teria conhecido o Seminário da Aldeia da Ponte. Fez o seminário menor e nele os estudos de latim em Portugal. Após ter feito os estudos de humanidades, foi aprovado para o Noviciado. Fê-lo em Segóvia no ano de 1907, sendo já o Pe. Xifré Superior Geral da Congregação. Fez a sua Profissão Religiosa no seguinte ano de 1908, mediante os votos no dia 8 de setembro.
Fez seus estudos eclesiásticos nos seminários da Congregação da Espanha. Após receber, nas datas litúrgicas determinadas, a Tonsura, Ordens Menores, Subdiaconato e Diaconato e, assim ano terminar a sua formação moral e intelectual, foi ungido sacerdote do Senhor no dia 2 de julho de 1916.
Passou dois anos pregando na Península. Como era grande o desejo da salvação das almas e possuindo bem o português, aceitou vir para o Brasil, aos 6 de setembro de 1918 fazendo parte da 27ª Expedição de Claretianos, composta dos seguintes grandes membros da Província Brasileira: Padres Daniel Chávarri, Benedito Azcárate e Dom Francisco Prada, Bispo resignatário de Uruaçu-GO.
Não se deve confundir o Pe. Antônio Manuel de Morais com o Pe. Antonio Firmino de Morais que vindo em 1916 saiu da Congregação. Depois de viver em São Paulo pregando sempre, no período 1918 e 1919, teve o seu primeiro destino fixo para a Casa de Campinas, em que também, ajudou aos Srs. Bispos nas visitas pastorais, com verdadeiro zelo apostólico, até o ano de 1924.
De Campinas, foi para o fronte das missões em terras baianas até o ano de 1925. Da Bahia, o Pe. Antônio de Morais passou a missionar no Rio de Janeiro até 1928 e, finalmente, foi destinado para a cidade de Pouso Alegre em 1932.
Pe Antônio M. Morais, em obediência ao Governo Geral que planejava e desejava reforçar os ministérios nas comunidades de Portugal, dirigiu-se temporariamente às Casa de Campinas para permanecer ali à disposição do Governo Geral. Neste tempo em Campinas, missionou as paróquias vizinhas fazendo missões populares a nosso estilo e exercendo outros ministérios que lhe encomendavam; era um missionário, que não conhecia a preguiça no trabalho, sempre alegre e de bom humor. Finalmente, a 3 de julho de 1932, embarcou o Pe. Antonio com as devidas licenças e em obediência aos Superiores Maiores. Em Portugal, seguiu a sua vida de pregações importantes nunca recusando o labor.
Com esta atividade a saúde veio a se ressentir e logo começou apresentar sintomas de doença grave. Já em janeiro de 1957, foi preciso de fazer uso da autoridade para conseguir que se apresentasse ao médico e apresentou-se uma flebite aguda, mas de julho de 1957 até 1958, a doença teve diversas manifestações, impossibilitando-lhe todo o ministério, mas não o impedindo de celebrar a Santa Missa, rezar o Breviário e fazer todos os atos regulares da comunidade, assistir as refeições e fazer o serviço de limpeza do seu próprio quarto.
O Pe. Morais era muito estimado, contando com muitas amizades. Escreve o Pe. Rosado, Superior da comunidade da Rua Nova Almada: “Causaram-me boa impressão e edificação algumas das palavras do Pe. Morais: dizia que estava resignado e preparado para a morte; que agradecia a Deus ter-lhe tirado tudo sem nada lhe custar, deixando-lhe duas coisas que muito o consolavam: o Breviário e a Santa Missa”.
O Sr. José Agostinho de Macedo da Casa de São José do Porto: “Eu tinha muita estima pelo Pe. Antônio Manuel Morais, porque lhe devia muitas atenções; muito o admirava pela sua virtude, dinamismo e permanente boa disposição. Não o esquecerei nas minhas pobres orações, para que o Senhor lhe dê o céu, em paga de sua vida de constante pregação e de admirável exemplo como sacerdote da Santa Igreja e da sua Congregação”.